


ANDREY ROSENTHAL (RS)

PALESTRA GRUPO TEMÁTICO - Espaço público e mobilidade - 24/04/2014
Patrimônio histórico qualifica cidades e deve ser parte da estratégia de ocupação dos espaços públicos
É arquiteto e urbanista pela Universidade Federal de Pelotas (1987), Mestre em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é Professor Adjunto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, da qual foi diretor entre 2005 e 2011, e Diretor de Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Foi Coordenador da Área de Arquitetura e Urbanismo e Design da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES (2011) e Diretor da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo – ABEA (2005-2007).
Em um passeio fotográfico por diversas cidades do Brasil e do Mundo, Andrey Rosenthal apresentou a importância do patrimônio como elemento acolhedor da população e como espaço público de qualidade. A conscientização de prefeitos e gestores brasileiros está entre os principais desafios a serem superados, principalmente pela mentalidade ainda reinante de que a cidade deve ser boa para turistas, não para os cidadãos que lá habitam. Outro problema comum encontrado no Brasil é a apropriação indevida do espaço público. Praças históricas acabam por se descaracterizar pela ocupação não planejada do comércio ambulante. Os centros históricos precisam do comércio para se manterem vivos e acolhedores e as cidades sem planejamento acabaram absorvidas pela cultura do veículo individual, cerceando o espaço para o pedestre. Em contraponto, foram citados exemplos positivos em Guadalajara, Montevidéu, Paris, Amsterdã, Pequim e diversas outras cidades, onde é possível ver o espaço público ocupado e bem estruturado. Algumas cidades contando inclusive com mictórios públicos e outras soluções para os problemas de quem transita a pé. Dessa maneira, percebe-se que o patrimônio é mais um instrumento de qualificação das nossas cidades, uma possibilidade de oferecer às nossas populações cidadania e considerar como fator fundamental dessa cidadania o direito e o acesso à cidade, algo que não se deve abrir mão.
Palavras-chaves: mobilidade urbana, patrimônio, IPHAN, cidadania, direito à cidade