Para estabelecer o conceito de acessibilidade é importante conscientizar e sensibilizar o público sobre o tema. A palavra “acessibilidade” pode ser utilizada de várias maneiras, como em possibilidade, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de espaços. Apesar de uso mais comum do termo estar associado a pessoas com deficiências, o conceito não é exclusivo para esse público. As edificações precisam ser pensadas para todo tipo de público, levando em consideração as limitações de todos, uma vez que os ambientes também não são de uso exclusivo de pessoas com deficiência, cuja especificidade na construção acabaria aumentando o custo do projeto. O ideal é que sejam feitos projetos universais, que possam ser utilizados de forma igualitária pelo máximo de pessoas. Como um carro cujo design permita que os mais variados biotipos de pessoa possam utilizá-lo, seja ela alta, baixa, gorda ou magra. O desenho universal é a chave para a construção de ambientes, espaços e tecnologias. Esse conceito deve reger os novos projetos desenvolvidos no futuro, nos quais o profissional deve pensar em ambientes que possam ser utilizados por todas as pessoas, de preferência, simultaneamente. A acessibilidade tem sete princípios: o uso equiparado (pessoas com diferentes capacidades possam usar o mesmo espaço); a flexibilidade no uso (o projeto deve ser responsivo a pessoas de diferentes idades e capacidades); uso simples e intuitivo (fazer com que ele seja facilmente compreendido, utilizando a substituição de placas indicativas com palavras por pictogramas, por exemplo); informação perceptível (usar o design com o intuito de comunicar-se mais facilmente com o usuário); tolerante ao erro (notificar as falhas e minimizar suas consequências); baixo esforço físico e tamanho e espaço adequados para o uso (pensar nos alcances adequados dos objetos, colocando qualquer artefato cuja manipulação será necessária a no máximo 1,20m de alcance).