


CIRO PIRONDI (SP)

PALESTRA GRUPO TEMÁTICO - Ética, formação e responsabilidade social 23/04/2014
Uma boa formação em arquitetura exige uma visão multidisciplinar
Arquiteto e Urbanista graduado pela Universidade Braz Cubas. Pós-Graduado na Universidade Politécnica de Catalunya, Barcelona, Espanha. Diretor Executivo da Casa Lúcio Costa – Rio de Janeiro. Diretor da Escola da Cidade – Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo. Foi Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB / Direção Nacional, no período de 1992 a 1994 e esteve a frente de diversas entidades ligadas à arquitetura.
Uma das definições da arquitetura é a ideia de transformar a natureza e dar identidade a um lugar. Esse ofício deve ser entendido como um conhecimento de fronteiras, que margeia outros conhecimentos e este é o primeiro ponto para a formação do arquiteto. A formação, no entanto, ainda deve passar pelo nível do que é transmitindo e gerado na mente daqueles que serão futuros profissionais. Por isso, outro aspecto que deve ser destacado é a qualidade do trabalho realizado. Em uma comparação, significa dizer que um bom padeiro é melhor para a sociedade do que um mau arquiteto. Pois, a cada risco feito em um papel, há o comprometimento social com a história da civilização e com o custo humano que determinado projeto exige para ser concluído. Portanto, a responsabilidade social do arquiteto é imensa. A boa arquitetura deve ser coletiva, social, pública e multidisciplinar. Entretanto, as escolas foram transformadas em centros de ascensão acadêmica, onde a liberdade para a criação é quase zero, perdendo a dimensão humana. Mas, os arquitetos, por natureza, devem ser humanistas, de múltiplas visões. Ou educamos nosso olhar para enxergar aquilo que é invisível, ou continuaremos em uma briga infantil em achar que estão sendo formados bons profissionais em um País que possui 330 escolas de arquitetura.
Palavras-chaves: escolas de arquitetura, responsabilidade do arquiteto, qualidade