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ELISABETE FRANÇA (SP)

PALESTRA GRUPO TEMÁTICO - Habitação - 24/04/2014

Projetos devem pensar cidades democráticas

Arquiteta e urbanista, atual diretora do Studio2E Ideias Urbanas, com 25 anos de experiência em projetos urbanos, ambientais, habitacionais e gestão de projetos participativos. Entre 2005 e 2012 foi Superintendente na Secretaria Municipal de Habitação, acumulando entre 2009 e 2012 a função de Secretária Adjunta. Durante oito anos, coordenou a elaboração do Plano Municipal de Habitação e os principais programas habitacionais da Secretaria entre eles, Urbanização de Favelas, Mananciais, Requalificação de Cortiços, Locação Social, Regularização Fundiária, Projetos Habitacionais nas Operações Urbanas Faria Lima e Água Espraiada. Nesse período, cerca de 360 mil famílias foram beneficiadas com projetos desenvolvidos sob sua coordenação.

Para os próximos anos, é necessária uma inversão de valores no que se refere à arquitetura e urbanismo das cidades. Atualmente, está se perdendo a capacidade de transformar as cidades em ambientes vivíveis e democráticos, sendo fundamental a consciência dos profissionais de arquitetura quanto ao desempenho do seu papel na sociedade. Manda-se o pobre para a periferia, sem acesso a condições básicas, mas não se faz a conexão com o aumento da violência nos centros urbanos. Para contornar esse quadro, é fundamental trabalhar em cima de políticas públicas que enxerguem e respeitem as demandas específicas das favelas e de seus moradores. No caso da construção de unidades habitacionais, existe uma ideia geral e incorreta de que os empreendimentos devem ser mal feitos e o mais barato possível. Neste ponto, porém, é que entra a ética da profissão. Também é fundamental reconhecer a vida em comunidade das favelas e trabalhar em cima de projetos com desenhos adequados de espaços públicos. Para que isso possa ser melhor aprofundado, um dos caminhos mais interessantes é a utilização de concursos na seleção de empresas e profissionais indicados para realizar os projetos do setor público. Outra questão que deve ser recorrente entre os arquitetos é o amor pela cidade. Quando o cartão postal de um lugar é um viaduto sem ciclovia e espaço para o pedestre, há algo de errado. Isso demonstra ódio pela cidade, pois, nela, estão sendo suprimidos espaços de convivência, onde as pessoas caminhem e conversem, alimentando a lógica dos condomínios fechados.

Palavras-chaves: unidades habitacionais, política pública, concurso 

© 2015 Instituto de Arquitetos do Brasil.

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