O pleno direito à infraestrutura é imprescindível ao estabelecimento razoável das cidades, pois a estruturação física em direção à atenção de serviços básicos – como água, saneamento, eletricidade, mobilidade e acessibilidade – se faz necessária. Devemos estar integrados, pois a saúde do planeta necessita do trabalho de colaboração de todos. Da mesma maneira, a globalização é uma realidade irrevogável, sobretudo, para a rede global de comunicação virtual. Enquanto houver a possibilidade da ciência e da tecnologia, qualquer intervenção espacial deve, ainda, considerar as variáveis da cultura e as condições do lugar em que se localizam. Inúmeras experiências negativas incidiram em negligências culturais que resultaram em inadequações arquitetônicas e descaracterizações urbanas. As cidades são organismos complexos agregados de registros urbanos que, enquanto se anulam, se sobrepõe ou se complementam, permanecem na construção de sua história. Uma intervenção urbana inevitavelmente altera sua dinâmica e, por isso, é preciso considerar a história e cultura de seu povo, com risco de perda de sua memória e autenticidade.