


JORGE MÁRIO JÁUREGUI (RJ)

PALESTRA GRUPO TEMÁTICO - Habitação - 24/04/2014
Interdisciplinaridade possibilita projeto bem acabado
Arquiteto diplomado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Nacional de Rosário, Argentina. Arquiteto Urbanista pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalha permanentemente no tema de habitação de interesse social e suas implicações urbanísticas, arquitetônicas e ambientais. Investiga sobre a qualificação das periferias urbanas, considerando as articulações entre Planejamento Estratégico e Desenho Urbano desde um ponto de vista prospectivo; sobre genética urbana, habitação evolutiva e eco gênesis.
A elaboração de um projeto voltado para a habitação de interesse social implica uma leitura específica do lugar e das demandas da população. Para isso, o cruzamento interdisciplinar possibilita um balanceamento entre as tensões objetivas, por meio da leitura estrutural do lugar, com as subjetivas, a partir da percepção dos sujeitos integrados ao local. O projeto arquitetônico urbanístico surge como oportunidade de fazer a conexão no interior das cidades, provocando uma mobilização produtiva do território. Desse modo, traz a possibilidade de compatibilizar desenvolvimento econômico com equidade social e responsabilidade ambiental. Por isso, devem ser articuladas diferentes áreas do conhecimento além da arquitetura, do urbanismo e das engenharias. É importante que sejam levados em consideração as questões geo-bio-ambientais e sociológicas, afora os aspectos legais e as políticas sociais. Também devem ser incluídos conhecimentos filosóficos, por meio do conceito de rizoma, e da psicanálise, com o método para a escuta das demandas da população. Há quatro momentos claros no processo de participação da população. O primeiro é a chegada ao lugar, quando se constrói o diálogo com o morador. O segundo, com a elaboração do projeto, surge com a escolha de assessores-moradores pelo escritório, por meio dos representantes comunitários que indicam os locais não identificados com as entrevistas. O seguinte é referente à execução das obras, que deve contar com 40% da mão de obra local, estabelecido pelo contrato. O último inclui o posto de Orientação Urbanístico e Social (P.O.U.S.O.), implantado em cada favela urbanizada.
Palavras-chave: favela, projeto, interdisciplinaridade