Dentro das reflexões acerca da preservação do patrimônio histórico, aliada às questões de habitação, aos conceitos de espaço público de qualidade e ao financiamento da cidade, o grande desafio é alcançar urbanidades nas cidades com justiça social. Nesse processo, o arquiteto é um articulador e formador de políticas coletivas. Entre os conceitos que transformaram as metrópoles estão: cidade difusa, imobilidade urbana, cidades-espetáculo, espaço urbano sem urbanidade e cidade dos muros. Todos decorrentes das escolhas políticas adotadas, como expansão da cidade em função dos automóveis e falta de investimentos em questões sociais. No contraponto, os projetos urbanos de Paris Rive Gouche e Bercy, na França; Vale do Ruhr, na Alemanha; Maastrïcht, Kop van Zuid e da fábrica Van Nelle, na Holanda; La Bicocca, na Itália; Docklands, na Inglaterra; Puerto Madero, na Argentina, entre outros, se apresentam como alternativas saudáveis de desenvolvimento. Em Kop van Zuid é possível observar a integração entre edifícios contemporâneos de micro e pequenas empresas, o antigo armazém portuário e edifícios residenciais. Todos convivendo muito bem. Entre as diretrizes essenciais aplicadas em São Paulo, estão: a inserção urbanística do patrimônio histórico; valorização econômica e social; agilidade e simplificação da gestão; diálogo constante com sociedade e valorização e capacitação do quadro técnico gestor.