A palestra abordou a preparação do Brasil para sediar a Copa do Mundo 2014, analisando as obras nas doze cidades-sede que receberam o evento, que são Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Cuiabá, Manaus, Natal e Curitiba. No aspecto turístico, os governos federais, estaduais e municipais não foram eficazes ao trabalhar a imagem das localidades para o mundo e para a imprensa estrangeira, uma vez que o evento poderia ter sido uma grande vitrine para mostrar uma imagem positiva do Brasil, para além do Carnaval. Ao tentar distribuir os jogos da competição em todo o território brasileiro, a organização escolheu cidades sem apelo ou tradição no futebol, quando deveria ter trabalhado mais a propaganda e ter promovido melhorias nessas cidades. Em Manaus, ao invés de gastar verba com estádios que viriam a se tornar “elefantes-brancos”, já que os campeonatos de futebol da cidade não demandam grandes arenas, poderiam ter sido realizadas obras de melhorias na infraestrutura da capital. Ao citar o caso do grupo de jornalistas que viajaram pelo Brasil a convite da Embratur e sofreram uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro, entre outras situações desconfortáveis, evidenciou-se a falta de preparo do País nas áreas de saneamento, fornecimento de energia elétrica, telecomunicações e segurança pública. Os problemas do País são reconhecidos, porém o evento era uma oportunidade para sanar alguns desses problemas, ainda que não solucionasse todos eles. Além disso, houve obras que foram iniciadas por conta da Copa do Mundo, porém não foram totalmente concluídas até o evento, como promessa de legado para as cidades, como por exemplo a implantação da praia urbana em Manaus, o VLT Parangaba-Mucuripe em Fortaleza, o retorno da operação do metrô em Salvador e a construção da ciclovia em Brasília.