As atribuições genéricas dos arquitetos são extremamente importantes porque a Carta sobre a Formação do Arquiteto, editada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sugere que os arquitetos procurem preservar as atribuições profissionais gerais. O documento foi desenvolvido por um grupo nomeado pela União Internacional de Arquitetos (UIA). Essa prerrogativa opõe-se às movimentações de determinados grupos em criar legislações e conselhos separados para atividades “especializadas” dos arquitetos, como urbanismo e paisagismo. A experiência de separar as titulações e atribuições em nichos não é bem sucedida, a exemplo da dos mais de 500 títulos diferentes dos engenheiros, cada qual com direitos específicos e órgãos separados. Isso torna a fiscalização e exercício profissional praticamente impossível e, para os usuários dos serviços dos engenheiros, um procedimento caro e muito difícil de entender. Os arquitetos devem, portanto, assumir a proposta de como proceder em relação às atribuições e titulações profissionais. Ideal é que todos sejam arquitetos com atribuições genéricas, mas com títulos específicos (urbanista, paisagista, designer de interiores), dependendo da residência feita pelo profissional. Os conselhos de arquitetura podem iniciar os debates e as discussões para colocar em prática as residências, com a finalidade oferecer mais experiências aos profissionais, que devem possuir conhecimento prático e teórico da área e também fora dela.

Palavras-chaves: experiência profissional, atribuições genéricas, legislação urbana