​A evolução histórica do conceito de “espaço público” pode ser alinhada na perspectiva dos modais de transporte, enquanto elemento articulador da mobilidade e do tecido urbano. Quatro estudos desenvolvidos pelo Núcleo Técnico de Operações Urbanas (NTOU) para a região metropolitana do Recife exemplificam esses princípios. O primeiro trata-se da proposta de construção de um parque no antigo aeroclube do governo pernambucano, criando áreas de uso misto: residencial, comercial e três praças interligando a região. O segundo projeto, de intervenção na área portuária do Recife, propõe a requalificação dos antigos armazéns para abrigar os usos de serviço, comércio e entretenimento. Foi inclusa a urbanização da frente d’água, respeitando o patrimônio histórico. O terceiro busca articular uma série de equipamentos numa área entre Olinda e Recife, a 2 km do centro histórico. Entre as iniciativas, estavam a construção de conjuntos habitacionais, prédios comerciais e empresariais, hotel/flat e uma área de parque. Por fim, o quarto visa revitalizar uma área ocupada por uma antiga fábrica de tecido abandonada, criando um parque de 10 hectares com escola técnica, midiateca, áreas esportivas e de contemplação. Os profissionais devem pensar a cidade como um todo articulado e não como estruturas que desempenham isoladamente as suas funções. Desta forma, é possível construir cidades conectadas entre o que acontece dentro e fora dos edifícios.