PALESTRA TEMAS LIVRES - Desafios das cidades contemporâneas 24/04/2014

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Políticas públicas atuais ainda são segregadoras

Arquiteto e urbanista, formado pela UFBA, Deputado Federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores da Bahia, em seu terceiro mandato, destacou-se na defesa da categoria desde os tempos universitários, como vice-presidente do DA de Arquitetura da UFBA. Foi Presidente do IAB/BA (1978-1979), Presidente do Sindicato dos Arquitetos da Bahia (1982-1987), Diretor da Federação Nacional dos Arquitetos e membro do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (1986-1998). 

O desafio das cidades brasileiras é acabar com a exclusão, pois nós ainda fazemos uma cidade para poucos. As políticas públicas, no geral, são políticas concentradoras e feitas de forma parcial e localizada, sem diálogo. Com a criação do Ministério das Cidades, foi feito um grande esforço para tentar congregar políticas públicas de desenvolvimento urbano, saneamento, transporte e habitação, mas não houve diálogo entre elas. Continua-se fazendo política de maneira separada e segregadora. Há um esforço do governo no sentido de superar esse quadro, mas alguns entraves se formam dentro do próprio aparelho do Estado e impedem que a situação se resolva. A primeira questão da exclusão é o acesso ao espaço. Esse problema deve ser enfrentado, entre outras soluções, através da disponibilidade de áreas públicas para o lazer. Na política nacional de mobilidade urbana, há o planejamento de rodovias, estradas, mas não se vê, nos projetos, as calçadas e caminhos. A forma de reduzir a violência nas cidades se dá através da criação uma cidade sadia que tenha espaço para enfrentar todas essas questões e que possua direito aos serviços, gerando cidadania.

Palavras-chave: mobilidade urbana, exclusão, áreas públicas